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Pré-candidato a presidente, evangélico Flávio Rocha diz defender “valores da família e da Bíblia”

Flávio Rocha era um nome desconhecido do público em geral até o final de 2017, mesmo já tendo sido deputado federal décadas atrás. O empresário de sucesso, no entanto, enxergou nas eleições de 2018 uma oportunidade de se apresentar ao público, e tentar concorrer ao Palácio do Planalto.

Para se tornar conhecido, Rocha – empresário que, dentre outros negócios, é dono da rede de lojas Riachuelo – criou o movimento Brasil 200, que reúne empresários com experiências e ideias para contribuir com o crescimento do país. O nome, intrigante, é uma referência aos 200 anos da independência do Brasil, que serão completados em 2022.

Casado com Anna Cláudia Klein Rocha desde 1990, com quem teve três filhos, o empresário anunciou que é pré-candidato à presidência da República, e despertou o furor de setores da extrema esquerda por defender um Estado que atue com o mínimo necessário, a fim de evitar a corrupção. Cerca de 800 ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) invadiram uma de suas fábricas recentemente, no Rio Grande do Norte.

Sua esposa, Anna Cláudia, concedeu uma entrevista à revista Época e contou que ela e o marido são frequentadores da igreja Sara Nossa Terra desde 2003, e que apesar das contribuições feitas no âmbito da geração de emprego e receita para famílias carentes através do trabalho, eles enxergam que estão prontos para trabalhar pelo país de forma mais abrangente.

Motivado pela “vontade de reconstruir o Brasil”, segundo sua esposa, Flávio Rocha estaria negociando a filiação partidária com duas legendas: o MDB, do presidente Michel Temer, e o PRB, ligado à Igreja Universal, de acordo com informações do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

Em entrevistas diversas o pré-candidato afirmou que o Brasil precisa de um líder que seja conservador nos costumes e liberal na economia, como forma de levar o país a um período de crescimento e retomada da ordem social. Até agora, além dos empresários integrantes do Brasil 200, Flávio Rocha conseguiu também o apoio do Movimento Brasil Livre (MBL).

Essa postura foi reforçada durante um evento da Sara Nossa Terra, quando Rocha disse que estava “orando” para que surgisse no país “novas lideranças, com boas ideias para a economia e também bons costumes”.

Essa junção de “liberal na economia” e um “conservador nos valores” já havia sido apresentada ao público antes, através da pré-candidatura de Jair Bolsonaro. E o empresário, que não aceita a possibilidade de ser vice na chapa do deputado, admite que sua plataforma é uma repetição das propostas defendidas pelo capitão da reserva do Exército.

As semelhanças acontecem, inclusive, no combate ao patrulhamento ideológico marxista realizado pelos militantes de esquerda, disfarçado de defesa do “politicamente correto”, numa expressão de alinhamento ao pensamento da chamada “nova direita”.

“O Flávio é uma pessoa que tem muita fé, e a gente segue os princípios voltados para a família e para a Bíblia”, disse a esposa do pré-candidato na entrevista à Época.

“Vamos toda semana [à igreja], aqui em São Paulo. Para mim é bem importante, sabe? Realmente me sinto bem próxima de Deus naquele lugar. E para mim é maravilhoso ter uma palavra nova, um direcionamento novo da Bíblia… a Palavra de Deus é o alimento, e a gente precisa também desse alimento para o nosso lado espiritual. Vamos à igreja e voltamos revigorados”, contou Anna Cláudia.